Os dias passando em um ritmo acelerado, fácil pensar no que é rápido, difícil notar que o ano esta acabando, que serei maior de idade, novos rumos que terei que tomar, que responderei por meus atos.
Se você parar pra pensar, nossa vida anda passando tão depressa, sentimentos acabando tão depressa, novas opções surgindo tão depressa. Essa tecnologia toda afasta as pessoas, ao mesmo tempo que as aproxima. Todo contato de toque, cheiro, troca de olhares, substituído por movimentos robóticos, feitos à distância. Matar toda saudade assim, parece ser bom, mas só quem sente, sabe, que não é a mesma coisa. Na internet, tudo virou de todo mundo. Segredos, para que todos possam ver, romances começam com um clique, logo viram status, e acabam com um Delet. As vezes penso que nasci na época errada, por querer receber cartas, ler, sentir, guardar, depois de tempos a fio, recordar.
Gosto de passeios no parque, fim de tarde, ao por do sol. Gosto de momentos de silêncio, ao recanto dos corações batendo no intercalar da respiração. Tudo se tornou tão descartável, reciclável, nada dura mais, ficou tão fácil sair trocando, deixando de lado, ninguém mais tem força de vontade, curiosidade, e gosto pela descoberta. Se cansam fácil, desistem, ou nem ao menos tentam. Bom mesmo seria o dia em que pudéssemos ouvir um 'eu te amo' saindo de um peito que não aguenta mais esconder tão lindo sentimento, dito com lágrima nos olhos, e com toda emoção de um amante fiél. Hoje todos acham que essas palavras, servem como 'corta caminho', para conquista, e deixaram que se tornasse banal tal sentimento tão essencial. A necessidade de presença, ao vivo, carne e osso, é bem maior, do que o desejo, se ler textos digitados pela pessoa amada, muitas vezes, escrevendo por escrever. Sejamos mais presente, sejamos menos tecnológicos, na hora de amar!
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