Para entender a origem de tudo isso, basta olhar para os mais recentes desfiles internacionais para o verão 2012. A vida subaquática, em suas mais variadas formas, foram um dos temas mais recorrentes nas passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris. Mas, para além das estampas de ondas, estrelas-do-mar, cavalos-marinhos e os mais exóticos tipos de peixes, foram elas, as sereias, que chamaram mais a atenção. E não só como desenhos, como bem mostrou Donatella Versace em sua mais recente coleção. Na verdade, as interpretações mais interessantes foram aquelas focadas em texturas, brilhos e formas que lembravam a beleza e sensualidade de tais seres mitológicos. Vide alguns dos melhores desfiles de toda a temporada: Chanel, Givenchye Alexander McQueen.
Mas diferente das várias estampas de peixes, sereias e corais que já aparecem até agora, foi por meio de formas e texturas (daí o constante uso de pele de enguia e peixe-lobo) que as referências submarinas foram traduzidas para as roupas. Se havia alguma literalidade na coleção, se dava apenas para o incrível dente de tubarão que fazia as vezes de maxipingente.
Apostando numa sensualidade afiada, na passarela apareceu uma alfaiataria de cortes angulares, quase agressivo, calças ultracoladas ao corpo e vestidos justos que desenhavam o corpo de suas modelos de maneira extremamente feminina.
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